quinta-feira, 30 de julho de 2009

Chega de economia!

Bem, acho que qualquer pessoa que me conhece ou que já leu mais de 3 posts do blog sabe que sou uma pessoa devota pelo amor. Hoje venho aqui denunciar o uso abusivo que esta palavra ganhou.
Porque nós devemos ter necessariamente apenas um amor na nossa vida? E porque este amor deve ser o amor conjugal?
Hoje em dia, amor é sinonimo de um sentimento entre um homem e uma mulher (ou duas pessoas do mesmo sexo, esta não é a questão). E "alma gêmea", que seria o apíce do sentimento, é apenas uma.
Para mim, o amor vai além de uma pessoa só. Há pessoas que amam uma causa, e após viver uma vida inteira se doando por ela, só porque não encontraram alguem que lavasse sua roupa têm suas vidas taxadas de "solitárias".
E quem disse que a tal de alma gemêa não pode ser simplesmente um belo espelho? São tantas as pessoas que são imensamente apaixonadas por elas mesmas. O amor-próprio é um dos amores mais sólidos que existem. E você tem certeza que o amor da sua vida estará para sempre com você. Além de suportar sua TPM, entender suas crises, sentir suas crises, não ser ciumento...

Mas afinal, vamos deixar o egoísmo para lá?
Para mim, não existe esta "alma-gêmea". O que acontece, é que para cada pessoa que eu amo eu vou dar um pouquinho da minha alma. Assim, não terei apenas uma alma gêmea, mas todos terão um pouquinho de mim. Meus ideais, meu (futuro) trabalho, minhas causas, meus amigos, minha família. Não posso escolher apenas um. Certamente que o amo conjugal é dedicado à uma pessoa somente, mas algumas pessoas esquecem dos outros, colocam em planos secundários como se fossem menos importantes. Fico horrorizada ao ver nas revistas femininas as diversas matérias sobre "amor". Logo se vê associado com dicas de conquista, ou até dicas sobre sexo. Suponhamos que o amor da minha vida seja uma causa, e minha causa seja o aquecimento global. Acho que eu não preciso flertar com a árvore e nem tentar apimentar a relação.

Enfim, isto tudo para gritar para vocês: o amor não tem uma quantidade limitada. Não énecessário ficar com medo de gastá-lo todo com uma pessoas só. Não economise. Ame, ame, ame, até não poder mais. Que o amor saia de nossos póros e infeste o mundo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Sociedade do Pó

Minha farda é meu corpo. Minha arma meu coração.
Faço parte do exercito que acredita na paz. Não sei se por ingenidade, mas eu acredito na bondade interior de cada homem. A única guerra que deve ser travada é contra a violência, a injustiça, o egoísmo e a ganância. Estes quatro vermes vê distruindo o interior de cada ser humano, corroendo um corração que devería ser bom.
Mas eu acredito. Curamos já tantas epidemias. Mesmo se a humanidade inteira está contaminada, eu acredito no antidoto. Um à um, os homens vão se curar. Dizem qe a maior guerra do mundo foi a de 100 anos (que aliás nem durou tudo isso), mas esta guerra nasceu logo que o homem deixou seu instinto animal.
Vou confessar à vocês, Grandes homens, os homens das cavernas! A maior preocupação era a sobrevivência, não que bomba que vou estorar no meu vizinho. Pois é, a conclusão disso tudo pra mim é, não estamos evoluindo, mas sim desevoluindo. Culpa desta doença. Portanto, acredito que chegará o dia que todos viraremo pó. Aí quem saiba, o mundo possa misturar um pouco mais as nações. Vai ser o auge. Afinal, seguinda esta teoria da desevolução, nós começamos do pó certo? Então este foi nosso estado mais brilhante. Todos seremos uma matéria única. E cada um fará parte do outro, de certa maneira.
Não haverá violência, afinal o único pó violento que conheço é o Popó.
Não haverá injustiça, seremos todos iguais, literalmente. E teremos todos os mesmo direitos: todos podem ser levados pelo vento. Aliás, esse será nosso único direito.
Egoísmo? Acho que não. O que um pó tem que outro não tem? Não teremos nada, por isso, não tem como ser egoísta sem ter nada.
E finalmente ganância. Ela não existirá enquanto a sociedade do pó não se contaminar pelos três primeiros inténs.

Minha farda é meu corpo, minha arma meu coração.
Luto para que a humanidade se desintegre. Mas agora, não literalmente. A sociedade do pó funciona, mas não tem a beleza que a sociedade humana tem. Não há amor, família, sonhos. Até que nossa raça humana tem salvação. Cada um deve se desintegrar, e assim, eu farei parte de você e você de mim. Acabaremos com a epidemia. Todos devemos ser um só.
E o pó? Varre ele para baixo do tapete. Ele pode esperar mais alguns bilhões de anos para que nós nos juntemos à ele.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mandamentos de uma criança

"Não haveram mais limites entre meus sonhos e a realidade."

Talvez assim, minha vida fique um pouco mais fantástica, e meus sonhos um pouco mais reais. Podería voar pela cidade, atravessar o mundo num piscar de olhos. Óbviamente teriam alguns incovenientes. O bixo Papão por exemplo iria me visitar de vez enquando, assim como personagens extraorinários que só minha mente conhece. Imagine se tudo o que sua imaginação já criou pudesse ser real. Tudo. Desde aquele chocolate o tamanho de um prédio ao camundongo falante. Sería realmente uma bagunça. Principalmente quando os sonhos reais começacem à cohexistir uns com os outros. Mas nós seríamos os heróis e nossa histórias, e nunca acordaríamos para amarga realidade onde o bicho Papão é só um mito. Ou talvez ele esteja aí, no seu armário, confortável, esperando que alguém acredite nele de novo, para que possa existir livremente de novo.


"Tudo que acredito é real."


Talvez assim, minha vida fique um pouco mais fantástica, e eu possa tomar o chá d tarde com meu velho amigo, Mister Papão. Esta é a diferença entre nós, meros cidadões, e as crianças. Há aquelas que ainda não foram corrompidas pelo mundo. Penso que são os seres mais puros e soberanos da terra. Ditam suas próprias crenças, acreditando em seus sonhos e tornando cada ilusão, uma realidade. Para cada uma, aquelas fantásias são apenas cotidianas. Seu mundo brilha. E pouco à pouco, as novas gerações estão sugando todo este brilho maravilhoso. Crianças não acreditam nem sonham mais.


Por isso vim aqui denunciar este crime. Não sugue o brilho da infância destes pequenos seres. Para ilustrar este debate, usarei o trabalho de Jacob Aue Sobol. Nesta foto, vemos como a criança tem um olhar solitário, quase que abandonado. Tem em seus braços um pequeno gato, abraçado com ternura. Ao fundo, um campo de girassol.


Minha interpretação é: ela está dentro de casa, entre os muros da realidade, privada do campo de flores que representariam sua pureza. Se agarra ao gato, com quem provavelmente tem uma relação muito próxima, tentado garrar seus últimos vestígios de sua infância, que estam sendo arrancados de sua vida violentamente. Deve estar doendo, e muito.


Para mim pelo menos, continua a doer cada vez que tenho de me conformar com as podres do mundo tão real e concreto que vivemos. É quase que uma facada. Bons tempos em que meu maior medo era o Senhor Papão. Agora teho medo de guerras, doenças, corrupção... Aliás, aposto que meu querido Papão já deve estar morto com uma bala no peito, ou talvez tenha morrido de overdose. Só sei que meu caro camundongo falante, morreu de gripe suína.

sábado, 4 de julho de 2009

Todas as línguas do mundo

Quero aprender todas as línguas do mundo.
Assim, não haveria nenhum ser que não me entendesse. Poderia cantar todas as musicas, jurar todos os hinos, dançar em todos os rituais. Me sentiria finalmente cidadã do mundo. Mas para que me limitar? Quero saber a língua dos olhares, das sombras, das montanhas e flores, das estrelas e do sol. Não haveriam mais guerras: eu explicaria à cada nação o significado da palavra "paz". Algumas não compreenderiam, ou talvez fingissem a incompreensão. Cheguei à conclusão que algumas nações já devem ter deletado a palavra do vocabulário. Mas talvez se eu falasse todas as línguas do mundo, eles acreditassem que eu tinha algo há dizer, e aceitariam meu ponto de vista.

Eu contaria histórias para as flores, para as nuvens, até para o chão. Eu explicaria para este pobre coitado a razão de todo pisarem nele. Quem sabe assim, ele não pararia de tremer de vez em quando, causando milhares de mortes e estragos milionários.Uma das minhas grandes dúvidas seria respondida: "Senhor mundo, o senhor não fica tonto de tanto girar?". Tenho certeza que ele também me faria mil perguntas: "Humanos, porque vocês se matam entre si?" "Porque vocês são tão curiosos?" "Porque vocês não gostam de mim?"

E se eu aprendesse a língua do amor?Assim, não haveria nenhum ser que não me entendesse.Pois é, então é essa a língua universal, essa é a língua de todos, a língua do mundo.

Há apenas um contratempo. Não existe nenhum professor disponível. A realidade é que esta língua está sendo criada e morta todo segundo. E o único jeito de aprende-lá é vivendo. Sei por exemplo que "eu" significa "você".Encontre alguém que compreenda esta tradução, ele provavelmente entende esta língua universal.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Até você senhor Mundo?!

Num consultório, um médico faz o diagnóstico de seu paciente, senhor mundo, que reclama de grandes dores pelo corpo, febre alta e dificuldade para respirar.

"Ai meu mundinho lindo, quando você vai tomar jeito heim?

Tenho vontade de te pegar no colo para te abraçar, já que você está chorando tanto. Quero te consolar. Te dizer que está tudo bem, e que tudo vai melhorar.Infelizmente, chegou a hora do veredicto final. Estou aqui para diagnosticar sua doença. É meu caro, os sintomas me levam a crer que você está em estado terminal. Febre alta, sua temperatura não para de subir, cansaço, dores pelo corpo: sinto lhe dizer, mas o senhor, é portador do vírus do HIV. Este vírus está atacando sua imunidade, e logo você irá morrer. É sinto muito senhor, até te diria que não é o fim do mundo, mas infelizmente é.

Eu sei, eu sei, aquela estrela era muito atraente na hora você simplesmente esqueceu de usar preservativo! Mas ela te contaminou com esse vírus sujo, agressivo e letal: o ser humano.Ele se proliferou tão rápido pelo seu corpo... Agora está arruinando tudo! Tenho que admitir que é um vírus muito interessante, além de destruir você, ele também se auto-destrói! Pois é, mas quanta violência! Seu sistema respiratório já está arruinado, senhor mundo. Eles conseguiram destruir seu pulmão, está vendo aqui pela radiografia? Está quase inexistente! Afinal, sem vegetação o senhor não respira não é?

Podemos começar um tratamento para tentar eliminar esta doença fatal, mas creio que seja tarde demais. Precisamos de altas doses de consciência e altas doses de solidariedade neste vírus, ou será tarde demais."