terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nós

Chegamos ao fim do ano, mas não ao fim da linha. Chegamos à conclusões, mas ainda temos dúvidas. Nos superamos, vencemos; falhamos. perdemos. Perdemos objetos, oportunidades, pessoas. Esquecemos. Mudamos. Mudamos para melhor, para pior... quem somos nós para julgar?
Aliás, quem somos NÓS?
Eu, você, ele, ela. Nós.Somos 6 bilhões e meio na terra, mas na verdade, somos UM. Um desejo, uma vontade, um sonho:Chegar à novas conclusões, não ter mais dúvidas; não ter mais medo. Nos superar a cada dia. Sorrir.Organisar a bagunça. Achar aquela foto perdida, reassistir seu filme favorito, reencontrar aquela pessoa que você tem saudades... Dizer eu te amo.
Ser uma pessoa melhor, ser uma pessoa feliz. Ser.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fome Zero, Sede Zero.

Chega uma hora nas nossas vidas em que paramos e pensamos: qual é meu grande sonho?
Pois bem, o sonho é uma ambição, um visão que temos de nós mesmos em plena felicidade e realização.
Mas este estado existe realmente?
É fácil fechar os olhos e se imaginar como sempre quisemos. Fechar os olhos também nos impede de por a mão na massa. Mas sem ambição também ninguém chega à lugar nenhum. Então qual a solução? Qual é a receita? Andar por aí com os olhos entre abertos, beirando o real e o imaginário?

Sonhar é fechar os olhos para todos os problemas que a vida nos propõe. E ignorá-los é o primeiro passo que você faz quando seu objetivo é não realizar seu sonho. Por isso é tão perigoso beber tanta ilusão. Porém ela é tão doce que a maioria se embebeda com ela, e acaba se jogado na calçada com a garrafa na mão. Afinal, sonhar não é nada mais nada menos do que uma forma de suportármos um pouco a amarga realidade.

Mas quão vazia deve ser a vida de alguém cujo seus sonhos foram todos amputados? Alguém que se contenta com a amarga realidade, e que de culheradas cheias a engole dia após dia. Rasgando sua garganta e embrulhando seu estômago, ela sempre será mal digerida. Porém por mais que não seja suculenta, ela alimenta, pois é simplesmente verdadeira. Ao contrário dos sonhos, que nos deixão com cada vez mais sede. O paradoxo de tudo isso é que apenas com a realidade realizaremos nossos sonhos. Cada um é ingrediente do outro.

A solução?
Vamos fazer um grande banquete!
Comam! Bebam! Deixem os sonhos mais concretos e a realidade um pouco mais docinha. Ah! E nada de ficar se preocupando com as calorias, vida light é muito sem sal.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quelques mots...

L'amour est lâche, vagabond. Il passe de coeur en coeur sans jamais nous dire pourquoi. Il est aussi mal-poli: il est parti sans me dire au revoir. Par contre, chaque fois que je le revois, il me sourrit, et je suis soudain contente. Mais dès qu'il cesse de me sourrire, le monde s'écroule en un seul mot: adieu.


Tradução: Algumas Palavras

O amor é largado, vagabundo. Passa de coração em coração sem nunca nos dizer o porque. É tambem mal educado: ele se foi sem me dizer até logo. Porem cada vez que eu o revejo, ele sorrí; e fico contente de repente. Mas quando seu sorriso se apaga, o mundo desaba em apenas uma palavra: adeus.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mr. X

Existe aquele tal de "cavaleiro de armadura branca"? Aquele homem com quem toda menina desamparada sonha? Aquele herói que esperamos que que chegue e nos leve para seu mundo encantado? Duas pessoas resolveram debater sobre esta polêmica:

"-Acho que esse tal de cavaleiro não é uma pessoa, porque acho que ele deve ser uma figura perfeita, pura. Ele é na realiddea personificação do amor verdadeiro, assim será algo perfeito, para uma pessoa imperfeita.

-Para mim ele é a personificação da ilusão, por isso é tão perfeito e pode ser qualquer um. Ele é o verdadeiro "Mr. X"

-Mr. X... E onde estará meu Mr. X? E o que esse cavaleiro enfrenta? O dragão da desilusão. E sem esses dois elementos, cavaleiro e dragão, o mundo encantado perderia todo sentido. Este dragão adora me visitar. Ele me queima, me adora.

-Mundo encantado... seria a terra?

-Não, são as terras de nossos corações."

Este diálogo não é fictício.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pátria Amada?

Vejo a flâmula brasileira subindo, para atingir o topo do mastro. Logo vejo no centro da bandeira as palavras “ordem e progresso”. As palavras começam a pulsar repetidamente na minha cabeça. A música começa. “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas”. Progresso? Mas que belo rio nós tínhamos quando D Pedro proclamou a independência. Tão limpo, claro e risonho. Infelizmente, anos depois, o rio Ipiranga se encontra totalmente poluído, serve de esgoto clandestino e foi por anos residente do lixo imperial. Que amor pela primeira linha do hino nacional.

A música continua, minha mão está grudada em meu peito. Logo ouço “Se o penhor dessa igualdade...” Penhor dessa igualdade? Estão de brincadeira comigo não? Olhe para este país. As violentas desigualdades sociais são extremamente marcantes. Vejo homens cheios de dinheiro, vejo crianças sem comida... e me garantem a igualdade?! E não é como se antes fosse melhor. Não devemos esquecer que “ordem e progresso” valiam para homem livre. Escravo e Progresso eram duas palavras que nunca entrariam numa mesma frase.

“Se em teu risonho céu risonho e límpido”. Céu limpo? Aonde? Talvez há algumas dezenas ou até centenas de kilometros da capital, porque estrela em São Paulo é tão raro quanto político honesto. Existem óbviamente, mas estão ofuscados.

A gota d’agua foi ouvir “Nossos bosques tem mais vida”. Olhei para meu redor. Ví um bosque sim. Um bosque cinza, de concreto, frio e sem vida. Vida? Quantos animais não estão em via de extinção por causa do desmatamento... Quantas plantas se queimaram... quantos animais massacrados... quantos rios poluídos? Isto é ordem? Acabar com o ecossistema? Isso é progresso?!

O hino nacional teve muita influencia do movimento positivista frances. Numa terra ja saturada pela história, os franceses resolveram procurar o progresso em outro lugar. Um país tropical, grande, produtos de ouro... Era o próprio El Dorado. Mas a civilisação européia se instalou e foi destruindo pouco à pouco nossa utopia. “Brasil, país do futuro, país do progresso!” Quantas vezes já não cansamos de ouvir esta fala? O Progresso industrial se refletiu numa destruição de um de nossos valores primordiais: a conservação do nosso lar. Adoramos nossa terra ao cantar com fervor o hino nacional, mas nos contradisemos logo em seguida, massacrando a “terra adorada”.

Só posso terminar com uma fala. Dos filhos deste sólo é mãe gentil, pátria “amada”, Brasil!

domingo, 30 de agosto de 2009

Viciado vs Traficante

-Me dê 150g de sua mercadoria mais cara, mais pura, mais rara...
-Você que manda chefia, vai querer 150g do que?
-De felicidade.
-Ihh, essa ja saiu do mercado faz tempo chefe.
-Pago o preço que for, estou apodrecendo sem ela.
-Quem mandou experimentar... felicidade é a droga que mais vicia.
-Ela continua a ser produzida em algum lugar? Colômbia? México? Iria até Marte para conseguir mais uma dose.

-Ela é produzida dentro de seu coração, e é a mais pura, rara e que preço nenhum pode pagar.

Berço de Ouro

O tribunal estava silencioso. Todos haviam chegado: os jurados, advogados, e o próprio meritíssimo. A ré estava atrasada. De repente que se abrem as portas do tribunal e chega a acusada.
“- Desculpe-me seu juiz, tentei correr, mas minhas pernas são muito curtas, acabei não conseguindo chegar a tempo.
-Estás desculpada. Sente-se. Devemos prosseguir com este processo.”

A ré, senhora Mentira era acusada de caluniar o prefeito da cidade, senhor Vaidade. Seu advogado de defesa chamava-se senhor Verdade. O processo começou.
“-Isso é um absurdo! Eu?! Perdendo a compostura deste jeito? Isso é um absurdo. Repetia senhor Vaidade. Eu nunca cometeria uma desavença deste nível!
-Pois eu vi. Vi tudo.Respondeu a ré.
- Ah então que suba minha testemunha disse Vaidade. “Ela não viu nada”

Entrou o Amor. Todo largado, descabelado, rastejou até a cadeira para dar o testemunho. Usava um belo par de óculos, com as lentes mais grossas que um polegar.

- Jura dizer a verdade? Prosseguiu o juiz.
- Juro.
- Senhor Amor, o senhor viu alguma coisa? Interrogou Vaidade.
- Eu? Eu não vi nada.
- O senhor me viu cometendo tal delito?
- Não vi nada não. Disse a testemunha.
- Protesto! Disse o advogado de defesa. Esta testemunha é invalida, pois o diagnóstico foi dado há muitos anos, e todos nós sabemos que o Amor é cego! Não viu nada porque nunca viu nada.
Os jurados começam a conversar.
- Estou dizendo, sou inocente. Nunca iria divulgar tal informação se fosse falsa. afirmou Mentira.
- Você está deteriorando minha imagem. Como tem coragem? Protestou o prefeito.
- Meu advogado Verdade acredita em mim.
- Verdade é um homem ingênuo, retrucou.
- Você que acha? Verdade mente muito.
- E você? Caluniando por aí...
- Eu só falo a verdade, disse Mentira
- E como você traz ao tribunal um advogado mentiroso?
- Melhor um advogado mentiroso do que um prefeito mentiroso."

Todos na sala comentaram a provocação. Um cochicho tomou conta da sala. “Ordem, ordem!” Gritou o juiz.

- Como você é atrevido, respondeu Vaidade
- Como você é feio.
- E você com esse narigão?
- É meu charme.
- Charme tenho eu.“

De repente, um dos jurados se pronunciou. “Afinal, estamos acusando Mentira de caluniar o prefeito. Mas qual é a tal calunia?”

Um silêncio dominou a sala. Alguns minutos depois, o juiz diz:
- Esqueci. Estou com fome. Sessão encerrada.”
O juiz saiu pela ala principal.
- Isso que dá entregar um caso importante para este juiz, senhor Pouco-Caso! Disse Verdade. Bom, vou me retirar também

Um a um, todos foram se retirando. Na sala sobraram apenas Vaidade e Mentira. Fitavam-se, no silêncio. De certa forma, mentira se sentia atraída pela vaidade. O sentimento era mutuo. Vaidade se fascinava pelos longos discursos de Mentira, e por suas pernas curtas. A tensão era grande.

Nove meses depois, nasceu a primeira filha do casal, a pequena Política.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Maior Predador

2009... O ser humano é o maior predador, o topo da cadeia alimentar. Nós temos tudo, tecnologia avançada, medicina super desenvolvida, nós sabemos de nossa história e até da história do universo. Realmente fantástico. Somos seis bilhões. Não tenho nome, tenho RG. Uma maneira que o governo arranjou para codificar toda sua população.
O ser humano é o maior predador, predador dele mesmo, pois em guerras e genocídios consegue massacrar sua própria espécie. Predador por ver alguém agoniando de fome e dor e fechar os olhos. Predador do mundo, pois o destrói cada dia com mais violência.

Vamos encarar os fatos. O número mais poderoso que existe, é aquele que você quer na sua conta bancária. Por ele, a humanidade se vende, se rebaixa, extorque, chantageia, rouba, mata. E por ser tão fascinada por esta nova divindade, acabou se tratando em formas tão impessoais que deixaram de ser humanas.
Meu chefe tem nome. Meu chefe tem conta bancária. Ele me paga todo fim de mês. De que me importa seu nome? O nome dele é renda.
Meu empregado tem nome. Meu empregado tem conta bancária. Tenho de pagá-lo todo fim de mês. De que importa seu nome? O nome dele é despesa.

E é neste círculo de relações doentias que o tão glorioso ser humano vive hoje. A compaixão ficou para trás, e o amor pela vida e pelo próximo foi substituído pelo amor ao dinheiro. De que valem tantas notas, tanto papel? Fomos todos infectados por uma epidemia, e não é a gripe suína, é a cegueira. Não vemos mais a beleza do céu, as cores das flores, a alegria de ser feliz com pouco. Não vemos mais as injustiças, as desigualdades sociais, as crianças com fome.

Não vemos mais a pessoa humana que existe dentro de cada um de nós. Só não sei se nós não a vemos, ou se ela está morta e apodrecendo dentro de nossas almas. Somos sim o maior predador, pois somos os únicos que matamos à nós mesmos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Montanha-Russa

A vida impõe certos limites. É uma troca que o destino propõe: "Vá, viva do jeito que quiser, faça o que bem entender. Desfrute de cada segundo. Mas eu te dou apenas alguns anos para isso."

E apesar de nós sabermos desta condição, nós somos tolos, não desfrutamos o suficiente e ficamos bravos com o destino por termos tempo limitado. A fila de almas para conhecerem este esplendor chamado Terra é enorme. Por exemplo, você está lá na Disneylândia, em plenas férias de verão. Imagine que você está na fila por muito tempo para o brinquedo que você mais gosta. O único jeito de todos se divertirem naquele brinquedo é se cada um tiver sua chance de aproveitar, um à um, apenas por um tempo limitado.

Pois é, a vida então é uma grande montanha-russa que todos querem ir. Aproveite literalmente seus altos e baixos, subidas e decidas. Pense por esse laso, pelo menos a vida dura um pouco mais que este brinquedo. E acredite, em ambas sempre terá alguém vomitando do seu lado. É preciso ter estômago forte para enfrentar estas aventuras.

Penhasco

Apesar deste blog ser impessoal, e só colocar aqui minhas idéias e nada de concreto sobre minha vida que não envolva meus pensamentos, acho importante explicitar uma característica que revigora minha alma e consequentemente meus ideais: Eu sou jovem e inesperiente.
Como grande parte dos meus leitores me conhecem, isto não é uma revelação. Mas este fato não é uma novidade e sim uma causa para minhas aflições.

É uma época díficil. Está na hora de decidir o que você vai ser durante toda sua vida. Não falo apenas sobre a carreira que levaremos. Mas está na hora de nos colocarmos nos eixos, olhar no espelho e sabermos exatamente quem somos. Seremos preguiçosos? Mentirosos? Seremos egoístas, falsos, seremos tudo o que sempre detestamos?
Crescer é atravessar fronteiras, limites. E esse limite para mim é um precipício. E o tempo está me empurrando, e ele é forte, por mais que eu lute, sei que a queda é inevitável.

Óbvimente, nem todos os adultos são crápulas, e nem todos os jovens são idealistas. Algumas destas pequenas almas se jogaram no precipício da realidade muito antes do tempo previsto. Logo caíram na realidade, literalmente. E algumas almas com mais idade, apesar de terem sido empurradas pelo tempo, estão se segurando com todas as forças, agarradas no lugar onde elas podem sonhar alto, no topo do penhasco.

A ilusão é doce, a realidade é amarga. Mas o fato é que devemos chegar até o fim. Quem sabe a queda não será tão dolorosa, e você encontrará um lindo vale lá embaixo. Basta uma decisão: Está na hora de crescer?
E devo confessar que eu simplesmente odeio o fato de não poder ser jovem para sempre por ter medo de pular e quebrar a cara.


sábado, 8 de agosto de 2009

Post imortal

Eu sempre tive pavor da morte. Cada religião propõe uma certa continuação, mas a verdade é que a idéia de abandonar este mundo me dá calafrios. Medo da solidão, do incerto, e para ser franca, da verdade. Logo eu, que crítico tão severamente este mundo e os habitantes dentro deles.
Bem, devo adimitir que sou uma pessoa muito paradoxal. Mas tudo tem no mínimo dois lados. Então vamos começar pela parte boa de termos nossas vidas limitadas pelo tempo. A primeira é: vamos concordar, ser imortal pode facinar muitos dos grandes heróis e vilões; mas qual a graça de ser imortal e ver todas as pessoas que você ama indo embora? A unica imortaliade que desejo é a dos meus pensamentos, dos meus atos... Quero deixar meus rastros por aqui. E para deixar rastros, você deve ir embora.

Óbvio que a dor é um certo impasse. Mas a dor só nos deixa mais fortes. Aqui na vida pelo menos é assim. Qualquer momento doloroso é terrível, mas a força que fazemos para superar qualquer perda é algo incrível. Se ler é um exercício para mente, e esporte para o corpo, sofrer é um exercício para alma.

E o mais importante na vida não é superar seus medos. Medo não se supera. É decidir que algo é mais importante que esse medo, e que vale apena enfrentá-lo. Nunca vou superar o medo da morte. Mas quando ela chegar, vou olhá-la diretamente nos olhos. Só irei entender minha vida quando ela chegar ao fim. Não que eu esteja anciosa para desvendar este mistério, muito pelo contrário. O fato da vida acabar torna-a muito mais interressante. Mas para ser imortal, seria preciso no mínimo de um bom anabolizante, afinal niguém é tão forte assim.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Chega de economia!

Bem, acho que qualquer pessoa que me conhece ou que já leu mais de 3 posts do blog sabe que sou uma pessoa devota pelo amor. Hoje venho aqui denunciar o uso abusivo que esta palavra ganhou.
Porque nós devemos ter necessariamente apenas um amor na nossa vida? E porque este amor deve ser o amor conjugal?
Hoje em dia, amor é sinonimo de um sentimento entre um homem e uma mulher (ou duas pessoas do mesmo sexo, esta não é a questão). E "alma gêmea", que seria o apíce do sentimento, é apenas uma.
Para mim, o amor vai além de uma pessoa só. Há pessoas que amam uma causa, e após viver uma vida inteira se doando por ela, só porque não encontraram alguem que lavasse sua roupa têm suas vidas taxadas de "solitárias".
E quem disse que a tal de alma gemêa não pode ser simplesmente um belo espelho? São tantas as pessoas que são imensamente apaixonadas por elas mesmas. O amor-próprio é um dos amores mais sólidos que existem. E você tem certeza que o amor da sua vida estará para sempre com você. Além de suportar sua TPM, entender suas crises, sentir suas crises, não ser ciumento...

Mas afinal, vamos deixar o egoísmo para lá?
Para mim, não existe esta "alma-gêmea". O que acontece, é que para cada pessoa que eu amo eu vou dar um pouquinho da minha alma. Assim, não terei apenas uma alma gêmea, mas todos terão um pouquinho de mim. Meus ideais, meu (futuro) trabalho, minhas causas, meus amigos, minha família. Não posso escolher apenas um. Certamente que o amo conjugal é dedicado à uma pessoa somente, mas algumas pessoas esquecem dos outros, colocam em planos secundários como se fossem menos importantes. Fico horrorizada ao ver nas revistas femininas as diversas matérias sobre "amor". Logo se vê associado com dicas de conquista, ou até dicas sobre sexo. Suponhamos que o amor da minha vida seja uma causa, e minha causa seja o aquecimento global. Acho que eu não preciso flertar com a árvore e nem tentar apimentar a relação.

Enfim, isto tudo para gritar para vocês: o amor não tem uma quantidade limitada. Não énecessário ficar com medo de gastá-lo todo com uma pessoas só. Não economise. Ame, ame, ame, até não poder mais. Que o amor saia de nossos póros e infeste o mundo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Sociedade do Pó

Minha farda é meu corpo. Minha arma meu coração.
Faço parte do exercito que acredita na paz. Não sei se por ingenidade, mas eu acredito na bondade interior de cada homem. A única guerra que deve ser travada é contra a violência, a injustiça, o egoísmo e a ganância. Estes quatro vermes vê distruindo o interior de cada ser humano, corroendo um corração que devería ser bom.
Mas eu acredito. Curamos já tantas epidemias. Mesmo se a humanidade inteira está contaminada, eu acredito no antidoto. Um à um, os homens vão se curar. Dizem qe a maior guerra do mundo foi a de 100 anos (que aliás nem durou tudo isso), mas esta guerra nasceu logo que o homem deixou seu instinto animal.
Vou confessar à vocês, Grandes homens, os homens das cavernas! A maior preocupação era a sobrevivência, não que bomba que vou estorar no meu vizinho. Pois é, a conclusão disso tudo pra mim é, não estamos evoluindo, mas sim desevoluindo. Culpa desta doença. Portanto, acredito que chegará o dia que todos viraremo pó. Aí quem saiba, o mundo possa misturar um pouco mais as nações. Vai ser o auge. Afinal, seguinda esta teoria da desevolução, nós começamos do pó certo? Então este foi nosso estado mais brilhante. Todos seremos uma matéria única. E cada um fará parte do outro, de certa maneira.
Não haverá violência, afinal o único pó violento que conheço é o Popó.
Não haverá injustiça, seremos todos iguais, literalmente. E teremos todos os mesmo direitos: todos podem ser levados pelo vento. Aliás, esse será nosso único direito.
Egoísmo? Acho que não. O que um pó tem que outro não tem? Não teremos nada, por isso, não tem como ser egoísta sem ter nada.
E finalmente ganância. Ela não existirá enquanto a sociedade do pó não se contaminar pelos três primeiros inténs.

Minha farda é meu corpo, minha arma meu coração.
Luto para que a humanidade se desintegre. Mas agora, não literalmente. A sociedade do pó funciona, mas não tem a beleza que a sociedade humana tem. Não há amor, família, sonhos. Até que nossa raça humana tem salvação. Cada um deve se desintegrar, e assim, eu farei parte de você e você de mim. Acabaremos com a epidemia. Todos devemos ser um só.
E o pó? Varre ele para baixo do tapete. Ele pode esperar mais alguns bilhões de anos para que nós nos juntemos à ele.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mandamentos de uma criança

"Não haveram mais limites entre meus sonhos e a realidade."

Talvez assim, minha vida fique um pouco mais fantástica, e meus sonhos um pouco mais reais. Podería voar pela cidade, atravessar o mundo num piscar de olhos. Óbviamente teriam alguns incovenientes. O bixo Papão por exemplo iria me visitar de vez enquando, assim como personagens extraorinários que só minha mente conhece. Imagine se tudo o que sua imaginação já criou pudesse ser real. Tudo. Desde aquele chocolate o tamanho de um prédio ao camundongo falante. Sería realmente uma bagunça. Principalmente quando os sonhos reais começacem à cohexistir uns com os outros. Mas nós seríamos os heróis e nossa histórias, e nunca acordaríamos para amarga realidade onde o bicho Papão é só um mito. Ou talvez ele esteja aí, no seu armário, confortável, esperando que alguém acredite nele de novo, para que possa existir livremente de novo.


"Tudo que acredito é real."


Talvez assim, minha vida fique um pouco mais fantástica, e eu possa tomar o chá d tarde com meu velho amigo, Mister Papão. Esta é a diferença entre nós, meros cidadões, e as crianças. Há aquelas que ainda não foram corrompidas pelo mundo. Penso que são os seres mais puros e soberanos da terra. Ditam suas próprias crenças, acreditando em seus sonhos e tornando cada ilusão, uma realidade. Para cada uma, aquelas fantásias são apenas cotidianas. Seu mundo brilha. E pouco à pouco, as novas gerações estão sugando todo este brilho maravilhoso. Crianças não acreditam nem sonham mais.


Por isso vim aqui denunciar este crime. Não sugue o brilho da infância destes pequenos seres. Para ilustrar este debate, usarei o trabalho de Jacob Aue Sobol. Nesta foto, vemos como a criança tem um olhar solitário, quase que abandonado. Tem em seus braços um pequeno gato, abraçado com ternura. Ao fundo, um campo de girassol.


Minha interpretação é: ela está dentro de casa, entre os muros da realidade, privada do campo de flores que representariam sua pureza. Se agarra ao gato, com quem provavelmente tem uma relação muito próxima, tentado garrar seus últimos vestígios de sua infância, que estam sendo arrancados de sua vida violentamente. Deve estar doendo, e muito.


Para mim pelo menos, continua a doer cada vez que tenho de me conformar com as podres do mundo tão real e concreto que vivemos. É quase que uma facada. Bons tempos em que meu maior medo era o Senhor Papão. Agora teho medo de guerras, doenças, corrupção... Aliás, aposto que meu querido Papão já deve estar morto com uma bala no peito, ou talvez tenha morrido de overdose. Só sei que meu caro camundongo falante, morreu de gripe suína.

sábado, 4 de julho de 2009

Todas as línguas do mundo

Quero aprender todas as línguas do mundo.
Assim, não haveria nenhum ser que não me entendesse. Poderia cantar todas as musicas, jurar todos os hinos, dançar em todos os rituais. Me sentiria finalmente cidadã do mundo. Mas para que me limitar? Quero saber a língua dos olhares, das sombras, das montanhas e flores, das estrelas e do sol. Não haveriam mais guerras: eu explicaria à cada nação o significado da palavra "paz". Algumas não compreenderiam, ou talvez fingissem a incompreensão. Cheguei à conclusão que algumas nações já devem ter deletado a palavra do vocabulário. Mas talvez se eu falasse todas as línguas do mundo, eles acreditassem que eu tinha algo há dizer, e aceitariam meu ponto de vista.

Eu contaria histórias para as flores, para as nuvens, até para o chão. Eu explicaria para este pobre coitado a razão de todo pisarem nele. Quem sabe assim, ele não pararia de tremer de vez em quando, causando milhares de mortes e estragos milionários.Uma das minhas grandes dúvidas seria respondida: "Senhor mundo, o senhor não fica tonto de tanto girar?". Tenho certeza que ele também me faria mil perguntas: "Humanos, porque vocês se matam entre si?" "Porque vocês são tão curiosos?" "Porque vocês não gostam de mim?"

E se eu aprendesse a língua do amor?Assim, não haveria nenhum ser que não me entendesse.Pois é, então é essa a língua universal, essa é a língua de todos, a língua do mundo.

Há apenas um contratempo. Não existe nenhum professor disponível. A realidade é que esta língua está sendo criada e morta todo segundo. E o único jeito de aprende-lá é vivendo. Sei por exemplo que "eu" significa "você".Encontre alguém que compreenda esta tradução, ele provavelmente entende esta língua universal.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Até você senhor Mundo?!

Num consultório, um médico faz o diagnóstico de seu paciente, senhor mundo, que reclama de grandes dores pelo corpo, febre alta e dificuldade para respirar.

"Ai meu mundinho lindo, quando você vai tomar jeito heim?

Tenho vontade de te pegar no colo para te abraçar, já que você está chorando tanto. Quero te consolar. Te dizer que está tudo bem, e que tudo vai melhorar.Infelizmente, chegou a hora do veredicto final. Estou aqui para diagnosticar sua doença. É meu caro, os sintomas me levam a crer que você está em estado terminal. Febre alta, sua temperatura não para de subir, cansaço, dores pelo corpo: sinto lhe dizer, mas o senhor, é portador do vírus do HIV. Este vírus está atacando sua imunidade, e logo você irá morrer. É sinto muito senhor, até te diria que não é o fim do mundo, mas infelizmente é.

Eu sei, eu sei, aquela estrela era muito atraente na hora você simplesmente esqueceu de usar preservativo! Mas ela te contaminou com esse vírus sujo, agressivo e letal: o ser humano.Ele se proliferou tão rápido pelo seu corpo... Agora está arruinando tudo! Tenho que admitir que é um vírus muito interessante, além de destruir você, ele também se auto-destrói! Pois é, mas quanta violência! Seu sistema respiratório já está arruinado, senhor mundo. Eles conseguiram destruir seu pulmão, está vendo aqui pela radiografia? Está quase inexistente! Afinal, sem vegetação o senhor não respira não é?

Podemos começar um tratamento para tentar eliminar esta doença fatal, mas creio que seja tarde demais. Precisamos de altas doses de consciência e altas doses de solidariedade neste vírus, ou será tarde demais."

domingo, 28 de junho de 2009

O Poderoso

Fico até irritada de escrever sobre algo tão banal quanto o amor. Mas não posso evitar, pois ele acompanha a raça humana desde os seus primeiros passos. Duas sílabas, duas vogais e duas consoantes, intercaladas. Uma pequena palavra, com um poder incrível de transformar homens e mulheres em pessoas melhores, ou eventualmente piores. Banal ele é. Mas é um mistério. Obviamente que meus amigos cientistas tentam sempre arranjar uma causa par tudo, para poderem se julgar onipotentes. Existem estudos científicos sobre o amor. Tudo besteira. Ele está além do poder de compreensão humano.

O amor é um paradoxo. É sofrer de tanta felicidade, sentir seu corpo enfraquecer diante do que mais prezamos, uma tempestade de alegria, é a incerteza certa. É dominador, regente de nós mesmos. Nos deixa alheio ao mundo com o simples toque de quem amamos. Nada mais importa. Este amor tão poderoso me intriga e me envolve. Sou amante e devota do próprio sentimento.

Afinal, para mim é uma incógnita sentir uma sensação tão louca assim. É uma força perturbante que domina meus pensamentos e me possui, de um milhão de maneiras diferentes, tomando meus sonhos, minha atenção, minhas fantasias, meus medos e perspectivas. Logo se transforma em uma mutação de diversos sentimentos, que juntos, me confundem, me enfraquecem, pouco à pouco. Vou perdendo a autoridade sobre mim mesma, até que tomem meu coração por completo. Torno-me logo subordinada à existência vívida e pulsante deste fogo dentro de mim, e vivo para alimentá-lo, já que sua força é a luz que me guiará. Finalmente, deixarei para traz todo e qualquer passado: já não tenho nome nem identidade:

Meu nome agora, é amor.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Labirinto

Queria comentar aqui um trabalho que achei muito interessante. Ele foi feito por Magali Ferber. O tema é "o labirinto". Vale a pena clicar sob a imagem para vê-la ampliada.
Além de bonito, achei o trabalho muito original. E de certa forma, posso associá-lo com diversas idéias que eu tenho derivadas da minha metáfora preferida "a vida é um livro". Concordo e discordo desta metáfora sem parae, em vários pontos, dependendo do meu humor.
Por exemplo, o título deste blog é diretamente ligado com esta idéia. Já expliquei o porque deste título no meu primeiro post, "O verdadeiro Prefácio". Então para não ser repetitiva não vou re-explicar.
Eu acho muito interessante as diferentes partes de texto narrativo. Situação inicial, ordem perturbadora, peripécias, força rectificadora, situação final.
Óbviamente nossa vida não tem essa ordem expecifica, senão seria totalmente perfeita e de certa forma, até um pouco chata. Mas podemos definir um pouco. Penso que a situação inicial acontecem 9 meses antes de nacermos. Estamos lá, boiando. A maior aventura que podemos ter é dar um chutesinho na barriga de nossas mães.
Ordem perturbadora? Com certeza seria o nacimento. A partir daí que surgem todos os eventuais problemas que teremos. São nossas peripécias, que levamos ao longo deste livro que nós com certeza não sabemos o final. Por isso acho a vida tão maravilhosa. É o livro mais bem escrito de todos. É imprevísivel; você literalmente vive na pele do herói, chora e se emociona com ele, vive cada suspiro, cada ansiedade, cada momento...
Força rectificadora e situação final? Não me pergunte. Estou apenas no começo das peripécias. Quando eu descobrir conto pra vocês. Mas acho que é melhor descobrir por si só. E talvez seja o único jeito.
Bem, agora olhe para a imagem. Cada livro está aberto e se mostrando para o outro, quase se entrelaçando. Disse Vinícius de Moraes: "A vida é arte do encontro embora haja muito desencontro pela vida". Então é isso. Os livros se encontram, as vidas se encontram. Você lê um pedaçinho da história de alguém, se apaixona por essa personagem, se confronta com essa personagem; ou pior ainda, lê sobre ela e fica indiferente. "Leia mais" me diziam... Só agora posso entender. O que realmente queriam me dizer era "Viva mais"
"Aquela pessoa é um livro aberto." "Não julgue um livro pela capa." De repente tudo se encaixa e podemos assimilar estes ditados com cada pessoa.
Quanto a noção de labirinto, quantas vezes nos sentimos perdidos, encurralado? Nossos objetivos parecem tão distantes, parece que estamos girando em círculos... até que subitamente aparece a saída, assim, por acaso. E quando você puser o pé fora do labirinto, vai se dar conta que entrou em outro. Talvez maior, talvez menor. E lá vamos nós de novo...
Só torcemos para não encontrar o minotauro dentro do labirinto, senão o bicho pega, literalmente.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Hora do filme!

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

Isso não é assustador?
A primeira vez que lí esta citação de Oscar Wilde, escritor irlandes (que aliás eu considero com um dos homens mais brilhantes que já existiu) eu simplesmente estremecí. Tentei analisar cada memória que guardo, desde meus primeiros anos. Esta análise durou muito menos do que eu esperava.

E o fato de eu ter feito uma síntese sobre toda minha vida em alguns minutos me abalou. Eu reduzí 16 anos, 310 dias, 6 horas e 54 minutos de vida (sim, eu fiz a conta) em apenas 15 minutos. De fato fui interrompida pela campaínha de casa que desencadeou uma série de impasses para que eu não continuasse esta enorme nostalgia.

O que mais me decepcionou foi que quando eu era pequena, achava que quando alguém morria veria o filme todo de sua vida e poderia então viver o dobro! A mentalidade que eu tinha era que se chegasse pelo menos aos 50, viveria um século! Mas não. Parece que esse maldito filminho que a dona morte passará não vai durar nem uma hora sequer. Quase não dá para comer a pipoca! E se eu quiser ir ao banheiro, pronto! Já perdi mais da metade e nunca vou entender o final do filme.



Aliás ninguém entende o final desse filme.




quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Morte da Bezerra


Tá, não é exatamente uma bezerra.


Fiz esse desenho há uns 8 meses. Meus desenhos não transmitem meus sentimentos. Então não quer dizer que eu tive um ataque de raiva e descontei em uma pseudo-cobra. Eu começei por desenhar o exato meio do desenho... aí vai desenrolando e no final tem algum formato (ou não!).

Acho esse desenho engraçado. Não dá pra saber se esse bicho está sendo atingido ou se é um tipo de cordão umbilical. Olha que paradoxo engraçado? Não dá pra saber se esse "troço" está atingindo e tirando a vida, ou se pelo contrário está providenciando os nutrimentos necessários para seu desenvolvimento. Muitas coisas são assim. Por exemplo, aquelas bombas de asma. Quando um asmático tem um ataque, isso pode lhe salvar a vida. Porém ao excesso vícia e não se pode mais viver sem. Assim como a morfina, que é usada pelos médicos como analgésico e sedativo, porém seu uso continuo pode causar náuseas e diversos outros problemas. É duro ter de usar alguma coisa que você sabe que nos primeiros minutos te fará bem, porém a longo termo te prejudica.

E isso não é só na medicina! Existem relacionamentos, atitudes, hábitos que a curto prazo parecem ser avantajosos, porém o fato é que te fazem mal aos pouquinhos, e você só sentirá o impacto anos depois. A questão é: vale à pena? Será que eu devo continuar sendo amiga daquela pessoa que me faz rir enquanto estou com ela, e depois não é leal à mim? Ela é tão engraçada e fala que meu cabelo é muito bonito... mas ela contou pra todo mundo aquele meu segredo! Ahh não tem problema, eles esquecem! Será que eu devo subir na mesa e fazer um strip-tease no meio da festa? Todo mundo vai achar super legal! Algumas pessoas vão me achar vulgar, mas eu culpo a bebida oras! Será que eu devo continuar usando gasolina no carro sendo que alcool é menos poluente? Ahh! Mas eu estou tão acostumada a por gasolina... E o governo vai achar um geito de despoluir o ar... Eu sei que vai.

Pois é, essa pobre mulher vai terminar sem amigos, com fama de vulgar, e com seu carro abastecido por gasolina. Até que seus netos vão ter que usar a bendita da bomba de asma porque o ar estará tão poluído que mais da metade da população será asmática.

Aí sim, essa vai ser a morte da bezerra.

Aos Amantes da Física

Falando de meus blogs passados, encontrei no resto deles um texto muito interessante, que escreví dia 06 de Março de 2007.

"Acho que não existe gravidade. Ficamos presos ao chão porque uma pressão nos empurra e não uma força nos atrai. Esta pressão existe graças à consciência: que é o resultado do que fazemos e sabemos que é errado, do que não fizemos e queríamos fazer, do que desejamos e não podemos possuir e principalmente a inveja. Esta massa de energia negativa fica nos ronda e espreme nossos corpos.
Isso tudo se adiciona um sentimento que também nos detém, nos aprisiona: o medo. O medo de gritar quem somos, de liberar toda essa energia negativa. De dizer ao mundo que a nossa alma ama, de dizer ao mundo que nossa alma é livre. Isso tudo se acumula.
Os anos vão passando, esse medo se transforma e vai se empreguinando em nossos corpos: ganhamos mais peso e altura. Aí está. Nós não simplesmente crescemos... mas é esta massa maquiavélica que vai enchendo nossos cérebros, nossos corpos. Assim, se não fosse essa maldita maldade, seríamos todos crianças, e voaríamos. O chão não seria nosso limite, mas nosso repouso
Tente chegar o mais perto possível deste sonho. Se você não pode voar, flutue em seus pensamentos."

Achei que dava pra resgatar esse trecho. É até que interessante; e para mim, a idéia é totalmente plausível. Por acaso nossos pés são feitos de metal e no centro da terra tem um grande imã? Pois quando me falaram que a gravidade é uma força que nos atrai, esta é a imagem que eu tenho. E de fato, nunca encontrei uma explicação para os seres vivos começarem de um tamanho e terminarem suas vidas muito maiores. Para completar, até a religião diz que as crianças são mais puras (pelo menos as cristãs, mas acho que deve ser unanimidade). Logo, conseguí achar uma explicação para estes dois fatos! Ganhamos massa; mas não qualquer massa, essa tal "massa maquiavélica".

Obviamente que o texto é um pouco extremista, e reflete a personalidade conturbada de uma garota de 14 anos que ainda não tinha todos os parafusos no lugar certo. Agora, com 16, alguns parafusos a mais (porém muitos faltando), posso afirmar que uma coisa é certa. Nunca acreditei na física.
Nada contra cientistas! São obviamente homens muito inteligentes! Mas tenho o perfeito direito de não acreditar neles. Sim, é uma mentalidade muito fechada, mas fazer o que? Nenhum deles me convenceu. Não por questões religiosas, mais por questões pessoais. A prova disso é que um dos poucos em quem eu acredito é Darwin. Ele sim me convenceu. Simplesmente porque a teoria dele conta com provas materiais, vísiveis.
Agora vem um bonitão de jaleco (no caso, meu professor de física) e vem me falar que toda matéria é composta por prótons, elétrons e neutrons; seja uma pedra ou você mesmo. Quando ele me veio com essa história, quase falei para ele lamber o chão! Não é composto pela mesma coisa? Então não deve ter problema oras!

O pior, é que é besteira atrás de besteira. Alguns meses depois o mesmo bonitão resolve me dar um mapa das galáxias, assim, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Como se fosse o mapa de uma país meio desconhecido: tinha nomes estranhos, nehuma compania aérea oferece um pacote de viagem até lá e eu não iria à nenhum daqueles lugares.

Sim eu sei, é muita ignorância minha. E tenho que adimitir que só fiz esta crítica para zombar dos meus amigos que são fanáticos por física e justificam qualquer coisa pela frase "Ah! A ciência provou que..."

Exposição de Banksy em Bristol

A imagem do título do blog é do meu artista de rua londrino favorito, Banksy! Os trabalhos dele estão por vários lugares do mundo. Tem em geral uma conotação de revolta sobre algum conceito político, com um toque de ironia de vez enquando. E claro, são todas muito provocátivas. O que eu adoro é que ele consegue fazer de uma crítica pesada, uma bela imagem.
Esta imagem está na cidade de Nova Orleans, EUA.

Juro que de ver as imagens dele fico inspirada. Afinal, alguém tenta pelo menos alarmas as pessoas sobre as coisas que não estão certas. E ainda faz isso com grande estilo! Hoje em dia já está muito comercializado... Você pode comprar um de seus trabalhos (aliás por um preço altíssimo!). Esta comercialisação está tão grande de fato que ele ganhou um espaço no museu de Bristol. A exposição está no ar desde o dia 13 de Julho e vai até o dia 31 de Agosto.

"And it's happening now at Banksy versus Bristol Museum, the exhibition the elusive graffiti artist suddenly unveiled last week, in which he has his "remixed" the museum's own collection by putting more than 100 of his own artworks among it – by far the largest Banksy show to date, of work mostly never shown in the UK before. "
Source: http://www.telegraph.co.uk/

Pois é! Sorte dos ingleses e daqueles que passarão suas férias em Bristol. Deve ser uma exposição muito legal. Felizmente, Banksy fez seu próprio merchandising e em seu site oficial divulgou o um pequeno making of desta exposição: http://www.banksy.co.uk/index2.html
Serve como aperitivo, dá até pra ver alguns trabalhos.

Mas o que eu queria mesmo era pegr um avião agora mesmo e ir direto pra Bristol. Aperitivos são bons, mas o que interessa mesmo, é o prato principal.

O verdadeiro Prefácio

A probabilidade deste blog ser atualizado por mais de um ano é quase nula. Já tive inumeros fotologs, skyblogs, bliggers... Nenhum deu certo. Mas talvez agora meu bom senso não postará mais coisas da minha vida pessoal.
O interesse deste blog é justamente o meu prefácio: postarei aqui coisas que me atingem, me agradam e me desagradam. Dei este nome ao blog justamente para que os leitores não entrem na história do meu livro, ou seja, na minha vida.

Prefácio: Palavras de esclarecimento, justificação ou apresentação, que precedem o texto de uma obra literária, do próprio autor, editor ou outra pessoa de reconhecida competência ou autoridade.
Fonte: Dicionário Michaelis

Voilá. Aí seguem meus pensamentos, fotos comentadas (tanto minhas como de outra pessoa), ou qualquer outra besteira que possa me apresentar.