sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Labirinto

Queria comentar aqui um trabalho que achei muito interessante. Ele foi feito por Magali Ferber. O tema é "o labirinto". Vale a pena clicar sob a imagem para vê-la ampliada.
Além de bonito, achei o trabalho muito original. E de certa forma, posso associá-lo com diversas idéias que eu tenho derivadas da minha metáfora preferida "a vida é um livro". Concordo e discordo desta metáfora sem parae, em vários pontos, dependendo do meu humor.
Por exemplo, o título deste blog é diretamente ligado com esta idéia. Já expliquei o porque deste título no meu primeiro post, "O verdadeiro Prefácio". Então para não ser repetitiva não vou re-explicar.
Eu acho muito interessante as diferentes partes de texto narrativo. Situação inicial, ordem perturbadora, peripécias, força rectificadora, situação final.
Óbviamente nossa vida não tem essa ordem expecifica, senão seria totalmente perfeita e de certa forma, até um pouco chata. Mas podemos definir um pouco. Penso que a situação inicial acontecem 9 meses antes de nacermos. Estamos lá, boiando. A maior aventura que podemos ter é dar um chutesinho na barriga de nossas mães.
Ordem perturbadora? Com certeza seria o nacimento. A partir daí que surgem todos os eventuais problemas que teremos. São nossas peripécias, que levamos ao longo deste livro que nós com certeza não sabemos o final. Por isso acho a vida tão maravilhosa. É o livro mais bem escrito de todos. É imprevísivel; você literalmente vive na pele do herói, chora e se emociona com ele, vive cada suspiro, cada ansiedade, cada momento...
Força rectificadora e situação final? Não me pergunte. Estou apenas no começo das peripécias. Quando eu descobrir conto pra vocês. Mas acho que é melhor descobrir por si só. E talvez seja o único jeito.
Bem, agora olhe para a imagem. Cada livro está aberto e se mostrando para o outro, quase se entrelaçando. Disse Vinícius de Moraes: "A vida é arte do encontro embora haja muito desencontro pela vida". Então é isso. Os livros se encontram, as vidas se encontram. Você lê um pedaçinho da história de alguém, se apaixona por essa personagem, se confronta com essa personagem; ou pior ainda, lê sobre ela e fica indiferente. "Leia mais" me diziam... Só agora posso entender. O que realmente queriam me dizer era "Viva mais"
"Aquela pessoa é um livro aberto." "Não julgue um livro pela capa." De repente tudo se encaixa e podemos assimilar estes ditados com cada pessoa.
Quanto a noção de labirinto, quantas vezes nos sentimos perdidos, encurralado? Nossos objetivos parecem tão distantes, parece que estamos girando em círculos... até que subitamente aparece a saída, assim, por acaso. E quando você puser o pé fora do labirinto, vai se dar conta que entrou em outro. Talvez maior, talvez menor. E lá vamos nós de novo...
Só torcemos para não encontrar o minotauro dentro do labirinto, senão o bicho pega, literalmente.

4 comentários:

  1. O texto tá ótimo, mas eu achei a melhor parte com certeza:

    "Leia mais" me diziam... Só agora posso entender. O que realmente queriam me dizer era "Viva mais"

    Muito, muito bom! Posso colocar no meu blog, eventualmente?

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  2. Concordo com suas idéias e com o que afirma Remi. Gostei do trecho acima citado; achei muito poético, lindo! Percebo cada vez mais que a lira de sua alma se situa na pluma,claudia, sinceramente.

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  3. Acho que nesse caso, não na pluma mas no teclado! Viva o século 21 onde os gansos não passam frio no inverno!

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  4. Para Remi: Seria uma honra! Fico extremamente lisonjeada!

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